Analista de Processos 2.0
Introdução - Analista de Processos 2.0
Quando falamos do papel do Analista de Processos nas organizações, a figura que nos vem à mente é a de alguém hábil em coletar dados, entrevistar pessoas e traduzir esse conhecimento em modelos, procedimentos e manuais.
Entretanto, a real transformação dos processos requer cada vez mais a aplicação de diversas tecnologias, exigindo uma mudança no perfil desse profissional para agregar na sua caixinha de ferramentas conhecimentos antes restritos à área de TI das organizações.
Cunhamos de forma livre o termo Analista de Processos 2.0 para designar esse novo profissional, o que será o tema desse novo artigo.
Importância dos Processos
Organizações somente conseguem ter sucesso quando têm bons processos. Muitas organizações sabem disso e usam a abordagem BPM (Business Process Management) como um roadmap para melhorar e revisar os seus processos. Isso passa pelo Analista de Processos, que é uma das figuras chave dessa transformação, entendendo como funcionam os processos atuais, identificando problemas e propondo soluções.
No passado, essas soluções estavam mais relacionadas a reorganização de equipes, padronização de procedimentos, capacitações ou mudanças físicas do local de trabalho, gerando ganhos significativos, porém discretos, quando comparados ao que ocorre atualmente, onde processos são totalmente revolucionados através de novas tecnologias.
Esse novo ambiente requer um novo perfil, ampliando a caixinha de ferramentas do Analista com conhecimentos das tecnologias mais utilizados no mundo dos processos.
Exemplos de Tecnologias
Podemos citar algumas das tecnologias mais relevantes no contexto atual:
- Plataformas de Automação de Processos, conhecidas também como BPMS (Business Process Automations Systems), DPA (Digital Process Automation) ou, de forma mais ampla, Plataformas de Desenvolvimento Low-Code / No-Code. Elas permitem que nossos modelos de processos (ou fluxogramas) sejam transformados em sistemas automatizados;
- Ferramentas de Robotização de Processos, conhecidas como RPA (Robotic Process Automation) que permitem substituir humanos em trabalhos burocráticos e repetitivos;
- Uso de Conectores, permitindo integrações com serviços em nuvem, ampliando quase que sem limites as possibilidades de agregar esses serviços aos nossos processos;
- Inteligência Artificial, crescentemente utilizada na automatização de regras complexas, reconhecimento de textos livres e imagens, apoio em tomada de decisões, geração de conteúdo e muito mais;
- Uso de Blockchain, assinatura eletrônica e outros métodos para autenticação segura de transações.
A lista acima é um bom ponto de partida e já começa a dar superpoderes ao Analista de Processos que aprender à identificar oportunidades e aplicá-las bem. Mas, as possibilidades não se limitam a ela, o que é ainda mais empolgante.
Conclusão
E é importante mencionar: conhecer essas tecnologias não significa se tornar especialista em cada uma, o que seria uma loucura. Para o Analista de Processos 2.0 é suficiente entender os conceitos e a aplicabilidade de cada uma, recorrendo a especialistas técnicos quando necessário.
Mesmo assim, cabe dizer que muitas dessas tecnologias, em certa medida, são implementáveis mesmo para pessoas que não são técnicas TI, tecnologias que se tornaram mais simples ao longo dos anos. Esses não técnicos são os agora chamados Citizen Developers (que antigamente chamávamos simplesmente de usuários espertos): pessoas das áreas de negócio que pilotam recursos avançados de tecnologia e geram muito resultado.
Podemos dizer que o Analista de Processos 2.0 é um tipo avançado de Citizen Developer, pois ainda traz em seu cardápio todo o poder dos princípios e técnicas do BPM.
Ninguém segura esse analista dotado de superpoderes!
Se você quiser entender um pouco mais confira o video complementar sobre o tema abaixo👇🏻👇🏻👇🏻 . Não se esqueça de se inscrever e curtir!